Em meio à controvérsia envolvendo a trágica morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, e a subsequente onda de cancelamento que atingiu sua agência de marketing de influência, Mynd8, Fátima Pissarra surpreende ao tomar medidas para se resguardar no ambiente virtual.
A empresária optou por desativar seu perfil no Twitter e tornar privado seu perfil no Instagram, uma mudança significativa em sua postura online. Esta decisão contradiz as orientações que ela mesma promove em seu livro “Profissão influencer: como fazer sucesso dentro e fora da internet”.
A polêmica começou com a trágica morte de Jéssica, que tirou a própria vida após sofrer difamação por meio de perfis de fofoca, incluindo o Garotx do Blog e o Choquei. Esses perfis disseminaram fake news alegando um suposto envolvimento amoroso entre Jéssica e o influenciador Whindersson Nunes, intensificando os problemas de saúde mental da jovem que já enfrentava depressão.
Recentemente, a Mynd8 era associada a uma rede de perfis de fofocas, parte do projeto “Banca Digital”, incluindo o Garoto do Blog e o Alfinetadas dos Famosos, responsáveis por propagar informações difamatórias sobre Jéssica. O Choquei, anteriormente parceiro da agência de Fátima até 2021, também esteve envolvido na disseminação dessas notícias prejudiciais.
O documentário “Choquei – Lacrando Vidas”, lançado por Daniel Penin no YouTube, colocou a Mynd8 no centro das críticas, revelando a movimentação da agência para fins comerciais, envolvendo centenas de milhões de internautas. O vídeo acumulou mais de 1,4 milhão de visualizações desde seu lançamento.
O impacto do cancelamento sobre Fátima Pissarra e a Mynd8 foi significativo, levando a CEO a se retirar do espaço online, desativando sua conta no Twitter e tornando privado seu perfil no Instagram. Essa atitude sugere uma tentativa de se proteger das críticas e pressões online, embora seja percebida como contraditória em relação aos princípios defendidos por Fátima em seu livro.
A disseminação de fake news e difamação, como no caso de Jéssica Vitória Canedo, evidencia as sérias consequências que essas práticas podem ter, agravando problemas de saúde mental e, em última instância, contribuindo para casos extremos como o suicídio. Torna-se essencial que usuários de redes sociais e influenciadores compreendam a responsabilidade associada ao compartilhamento de informações e comentários, reconhecendo o impacto direto que essas ações podem ter na vida das pessoas envolvidas.